quinta-feira, 29 de maio de 2014

[Notícias] No pain, no gain, será?

Posted at   quinta-feira, 29 de maio de 2014  |  in   Notícias

cuidado com o No pain No gain

Pegou pesado outra vez? Saiba o que acontece com o seu corpo quando você ignora os sinais de cansaço e insiste na malhação.

Não importa se a motivação é ampliar sua força ou apenas perder alguns quilos, quando a gente topa malhar, é pra suar a camisa e cansar pra valer! Os exercícios às vezes exigem sacrifício: afinal, é possível aguentar a fadiga pra alcançar níveis de desempenho físico superiores, não é mesmo? Pode ser, mas esta escolha não é necessariamente sensata, sugere um novo estudo.

A princípio, a fadiga associada aos exercícios parece algo fácil e simples de entender. Você está lá a todo vapor há quase meia hora sem parar (já sente o corpo mais pesado, e o cansaço começa a tomar conta dos seus músculos) e seu corpo quer diminuir o ritmo, mas você não pede arrego e segue adiante. Raramente nos forçamos até sofrer um colapso físico total.

Mas há muito tempo cientistas tentam descobrir como os músculos “sabem” quando estão prestes a parar de funcionar, e que precisam transmitir essa mensagem para o cérebro. É ele que finalmente diz ao corpo que agora seria um bom momento pra desacelerar e ir para o break. E você sabe a hora de largar o ferro? Descubra a seguir o que está por trás daquela “dorzinha” depois do treino.

Lactato, ácidos e ATP
A fadiga muscular durante o exercício provavelmente começa quando uma combinação de trifosfato de adenosina, ou ATP (uma substância química envolvida na criação de energia), lactato e alguns ácidos passa a se acumular nos músculos. Segundo um estudo realizado por Alan R. Light, professor da Universidade de Utah, pequenas quantidades dessas substâncias combinadas estimulam células nervosas específicas nos músculos. São elas que, após complicadas interações com o cérebro, causam as primeiras sensações de cansaço e peso nos músculos que estamos trabalhando.

Saiba a hora de parar
Ao contrário do que muita gente imagina, estes sintomas mantém uma relação estreita com a quantidade de combustível e energia disponível nos músculos. Isso significa que eles não indicam quando o tecido está prestes a parar de trabalhar por insuficiência de energia. No entanto, eles representam um alerta inicial do organismo, que reconhece quando está perto de atingir um limite.

“O aumento dos níveis de lactato e outras substâncias amplifica a sensação de fadiga”, afirma Dr. Light. À medida que o acúmulo vai ficando mais concentrado, isso aparentemente ativa um grupo de neurônios diferentes, relacionados à dor. É neste momento que o exercício começa a machucar e a maioria de nós desiste, prevendo uma lesão muscular se continuar.

Dor e fadiga: sinais de alerta
Em experimentos realizados recentemente no laboratório do Dr. Light, ciclistas receberam opiáceos leves que bloqueiam o fluxo de mensagens nervosas dos músculos para o cérebro e vice-versa. Resultado? Eles conseguiram pedalar mais rápido do que jamais conseguiram e sem sentir qualquer traço de fadiga — até que, sem aviso, seus músculos das pernas fraquejaram e ficaram flácidos. Com as pernas quase paralisadas, eles precisaram de ajuda para descer das bicicletas. “Ignorar a fadiga e a dor não é uma boa estratégia competitiva de longo prazo”, conclui o cientista.

Calibre o treinamento
Dr. Light aconselha observar as mensagens dos músculos e “calibrar” o seu treinamento de acordo com elas. Se o objetivo do exercício é ganhar mais força e agilidade, encontre o ritmo e intensidade que permitam que você se exercite numa zona segura e, ocasionalmente, chegando perto do limite entre a fadiga e a dor. A linha será diferente para cada um, portanto você tem que variar dia a dia para descobrir a ideal para o seu estilo de vida.

Se a meta é se exercitar de maneira prazerosa e sustentável, considere uma intensidade que permita que seus músculos cresçam levemente e, se você tiver sorte, fiquem “efervescentes”. É claro que melhorar o desempenho físico às vezes exige que superemos a fadiga e a dor. “Há certa verdade no adágio ‘no pain, no gain’. Mas ignorar os sinais dos músculos pode ser uma decisão imprudente”, conclui Dr. Light.

Vi no Blog: AreaH

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